Como proteger as mercadorias, o veículo e o condutor durante o trajeto de entrega? Como prevenir acidentes de trânsito? Quais são as formas de evitar prejuízos financeiros em caso de imprevistos? Esses são questionamentos sobre a segurança no transporte de carga que fazem parte do cotidiano dos profissionais da área logística.
É uma verdade bem difundida no setor de transportes que esse tipo de operação é repleto de riscos para os empreendedores e seus clientes. Por esse motivo, é preciso direcionar esforços para realizar o gerenciamento de riscos, implementando, assim, medidas preventivas.
Você tem interesse em conhecer os métodos que podem garantir que a sua carga permaneça segura desde a origem até o destinatário? Então, este artigo tem tudo o que você precisa saber. Confira!
Qual a importância da segurança no transporte rodoviário?
Com a condição precária das estradas e aumento da ação de quadrilhas especializadas em roubo de cargas, recai sobre a transportadora a responsabilidade de lidar com os riscos. Dessa forma, para minimizar as perdas, o setor desenvolve soluções para amenizar os problemas mais graves.
Como garantir a segurança de carga?
As iniciativas podem ser simples, como evitar trafegar durante a noite ou contar com recursos elaborados, como o rastreamento de veículos. São diversos métodos de proteção que podem ser aplicados tanto por pequenos negócios como para grandes corporações. A seguir, conheça 9 dicas que podem contribuir para a segurança no transporte de carga!
1. Mapeie os riscos do processo
Muitas transportadoras optam por adotar planos para o gerenciamento de riscos inerentes à sua operação. Dessa forma, é possível prever potenciais problemas e evitar maiores transtornos.
A aquisição de seguros de carga, por exemplo, é uma maneira de lidar com a possibilidade de roubo de mercadorias e avarias causadas por acidentes. Assim, ao acionar a seguradora, os bens serão ressarcidos e a transportadora não fica sujeita às perdas financeiras.
Contudo, essa é uma tática corretiva, que busca solucionar os problemas após a sua ocorrência. Por outro lado, o foco de uma gestão voltada para a análise de riscos deve buscar formas de prevê-los.
Para fazer um mapeamento profissional de todos os riscos envolvidos e formas de amenizar essa exposição é possível contar com o apoio de empresas especializadas, as Gerenciadoras de Risco.
2. Realize treinamentos periódicos para os motoristas
Os condutores têm responsabilidade pela carga durante o transporte, portanto é preciso contar com profissionais experientes e bem capacitados. Por outro lado, há sempre a oportunidade de aprimoramento com os treinamentos voltados para tópicos, como:
- direção defensiva;
- primeiros socorros;
- legislação de trânsito;
- prevenção de acidentes;
- transporte de cargas perigosas.
Esse tipo de projeto tem o objetivo de sensibilizar os motoristas para aspectos importantes do trabalho, em especial para a sua saúde e segurança. Ademais, é fundamental que os objetivos da empresa sejam compatíveis com as necessidades dos colaboradores para aumentar a motivação e a dedicação.
Atualmente é possível também contar com a tecnologia de consulta profissional do motorista e selecionar os profissionais mais adequados ao tipo de carga e risco das viagens.
3. Padronize os processos de segurança
A realização de um diagnóstico representa um elemento essencial na estratégia organizacional. Essa ferramenta ajuda a conhecer a situação atual da segurança dentro dos armazéns, na área de expedição e durante o processo de distribuição.
As cargas podem sofrer avarias de diversas maneiras durante a sua movimentação dentro do estoque e nas etapas de embarque no veículo e, posteriormente, no descarregamento.
Em muitos casos, pode-se elaborar um documento que funciona como um mapeamento dos riscos identificados. Por exemplo, os profissionais que trabalham no armazém e que lidam com maquinário pesado estão sujeitos a riscos distintos, se comparados com os motoristas.
Por isso, o fornecimento de equipamentos de proteção individual e a utilização de cinto de segurança são regras rígidas para a circulação nos galpões e na direção. É importante também divulgar amplamente para que os colaboradores conheçam quais diretrizes devem ser seguidas, a fim de que o ambiente de trabalho seja mais seguro.
4. Adote o monitoramento remoto da frota
Durante o trajeto de entrega, a melhor forma de garantir a segurança do veículo e da carga é por intermédio de sistemas de rastreamento da frota. Essa tecnologia combina a transmissão via satélite e o equipamento de GPS para monitorar a localização de cada caminhão.
Diversas funcionalidades podem ser adicionadas a esse recurso, como:
- alerta de pânico;
- câmeras de segurança embarcadas;
- travamento das portas do baú e da cabine;
- controle de velocidade, aceleração e frenagem;
- desligamento remoto da ignição, em caso de emergências;
- monitoramento realizado com o uso de plataformas online.
Assim, com o monitoramento o processo de movimentação de mercadorias se torna mais seguro e as cargas chegam em perfeito estado ao seu destino.
5. Programe manutenções preventivas
As condições de conservação e a idade da frota têm relação direta com o índice de acidentes ocorridos nas rodovias do país. Por esse motivo, a realização de manutenções e reparos preventivos são ações importantes para prolongar a vida útil dos caminhões.
É recomendado que, antes do início de cada viagem, o motorista responsável e a equipe da oficina realizem uma breve vistoria. Essa checagem pode incluir os níveis de óleo e combustível, verificação dos itens de segurança e sistemas de sinalização.
Um veículo que se encontra em constante utilização sofre desgastes causado por:
- trafegar em vias sem asfalto;
- circular com excesso de peso;
- transportar carga mal acondicionada.
Como resultado, os sistemas de freio, amortecimento e suspensão são comprometidos e podem se tornar mais suscetíveis às falhas que ocasionam acidentes.
O excesso de peso é um dos motivos de acidentes com caminhões de carga. Para evitar essa situação, é necessário selecionar o veículo de porte adequado, de acordo com as dimensões do produto a ser transportado. A legislação de trânsito proíbe essa prática e a empresa fica sujeita a penalidades e multas, caso os limites sejam desrespeitados.
6. Cheque as condições do veículo antes de viajar
Uma outra dica que mencionamos é a necessidade de checar as condições do veículo antes de viajar. Junto com a manutenção preventiva, esse tipo de estratégia contribui para verificar se a máquina de fato está em condições de pegar uma estrada, além de conferir se não existe nenhum problema técnico.
É natural que o veículo sofra alguns desgastes com o tempo. Como sabemos, as condições das estradas do Brasil, em grande parte das regiões, são precárias. Nesse sentido, algum problema pode vir a surgir durante um trajeto, o que torna complicada a sua manutenção naquele momento.
Por essa razão, o ideal é que os colaboradores sejam orientados a seguir um checklist antes de cada viagem. Nele, terá todos os aspectos que deverão ser observados antes de iniciar um roteiro, o que contribui para que só dê início às atividades depois que todas as medidas de precaução tenham sido tomadas.
7. Evite regiões perigosas em horários pouco movimentados
Fazer o planejamento de rota contribui para que a equipe identifique se o veículo vai passar por regiões historicamente mais perigosas. Hoje, é fácil encontrar informações e dados a respeito de determinadas estradas, o que permite estabelecer quais seriam os horários mais indicados para que o motorista faça esse tipo de trajeto.
Se um local tiver fama por índices de violência, por exemplo, o ideal é que o profissional passe por ele apenas em horários de muito movimento, preferencialmente durante o dia. Assim, reduzem as chances de ocorrer algum assalto, além de trazer mais segurança tanto para a carga quanto para o motorista, caso ocorra qualquer tipo de incidente.
8. Evite viajar sozinho para trajetos de longa distância
Também recomendamos evitar viajar sozinho para trajetos de longa distância. Existem dois pontos específicos que reforçam essa necessidade. O primeiro, está relacionado a eventualidades que possam ocorrer. Caso tenha um parceiro, a solução pode chegar mais rápido, uma vez que dois profissionais poderão trabalhar em conjunto para isso.
Além disso, viagens de longa distância naturalmente são mais cansativas. Por essa razão, dois motoristas têm a possibilidade de se revezarem, o que é mais um ponto que se evita acidentes.
Deve-se destacar, ainda, que a Lei 13.103 de 2015, conhecida como Lei do Caminhoneiro, afirma que a duração da jornada deve ser de 8 horas diárias. Na semana, 44 horas, assim como em qualquer outro emprego fichado. No entanto, horas extras podem ser acrescidas, de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas.
9. Mensure incidentes que ocorram nas viagens
Mesmo com todos os procedimentos de segurança, profissionais e empresas não estão livres de que ocorram incidentes, especialmente em locais que já tenham esse histórico, como mencionamos. A partir do momento que o negócio e a gestão têm esse mapeamento, mais medidas preventivas podem ser adotadas, o que contribui de forma direta para que qualquer risco seja amenizado.
Por essa razão, é sempre indicado que as pessoas prezem pela transparência e reportem tudo o que for necessário, uma vez que isso vai impactar em suas próprias seguranças.
Como ajustar a sua estratégia?
Prevenir a incidência de erros ao manusear a carga e acidentes durante o percurso são os objetivos primordiais das empresas que atuam no setor. Com isso, são desenvolvidos tecnologias e procedimentos capazes de solucionar os problemas mais comuns e, assim, aprimorar toda a operação.
Quando não é possível oferecer uma solução definitiva, é importante contar com alternativas que minimizam tanto os danos como os prejuízos financeiros.
Manter a segurança no transporte de carga em todas as etapas da operação logística requer a integração entre recursos humanos, sistemas de gestão e processos unificados pela gestão de riscos.
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