Saiba como fazer averbação de transporte de carga e as formas de envio

Garantir um bom seguro para as suas cargas transportadas é uma das primeiras preocupações de uma transportadora, pois essa é uma das formas de proteger a carga contra os mais diversos tipos de contratempos e emergências. Por isso, é comum que nada saia da transportadora sem a averbação de transporte de cargas.

Neste post, mostramos como é fácil fazê-la, por meio do sistema Controle de Transportadoras. Esse sistema disponibiliza integração com inúmeras seguradoras e diferentes formas de averbação, por meio de geração de arquivo, envio de XML ou envio de requisição via webservice.

Quais são as vantagens? Por que são tão importantes para sua empresa? Descubra como funciona cada uma delas e melhore seus resultados.

Averbação de transporte de cargas: o que é?

Averbar é catalogar, logo, como estamos lidando com transporte, o termo passa a ser considerado com um registro das cargas na seguradora. É o ato de comunicar qual o item a ser transportado e o seu valor. Desde 2011, o Conselho Nacional de Seguros Privados — CNSP — dispõe que é obrigatório a todos os tipos de transportes comerciais averbar a carga antes do início da viagem. Segundo a resolução CNSP N°219, é obrigatório que todas as empresas de transporte façam seus relatórios.

Essa medida é necessária para poder receber a indenização da seguradora, caso ocorra algum imprevisto durante a viagem que comprometa a carga. Assim, se você dispõe de algum negócio relacionado à logística e transporte de cargas, atenção: terá direito aos valores do seguro somente quem fez a averbação correta e detalhada antes da viagem enviando os dados para a seguradora contratada.

É importante ressaltar que o Seguro RCTRC é obrigatório para os transportadores ao transportar as mercadorias de terceiros. Por isso, o protocolo que comprova a averbação precisa ser inserido em campo próprio do MDF-e.

Outro ponto importante é a averbação de todos os embarques independente do valor da mercadoria. Pois, caso haja quebras de sequência de envio, a seguradora pode considerar que houve “seleção de risco” e pode amparar-se legalmente para não cobrir mesmo um embarque averbado normalmente. Esse requisito de envio de todos os embarques cobertos pela apólice é previsto no artigo 22 da resolução CNSP N° 219, DE 2010 e geralmente é reproduzida nos contratos com as seguradoras.

Arquivo de transporte: como é feita a elaboração?

O arquivo de averbação é gerado após a emissão do CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico). Semelhante aos arquivos EDIs, o arquivo de averbação é um documento estruturado, que obedece ao layout estipulado pela seguradora e contém todas as informações necessárias para que haja o registro da averbação.

Nesse documento, é possível encontrar as seguintes informações:

  • o CNPJ do responsável pelo seguro;
  • a carga transportada;
  • o valor das mercadorias;
  • o veículo;
  • o motorista;
  • demais dados exigidos em layout.

O envio deste arquivo é estabelecido pela própria seguradora, pode ser enviado para o endereço FTP (File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos). por e-mail ou diretamente no site da seguradora.

Envio de XML: como funciona esse método?

A sigla XML vem da língua inglesa: extensible markup language. Trata-se de uma linguagem utilizada pelas empresas para classificar os documentos. Pode ser configurada na maioria dos sistemas corporativos, inclusive os de transporte. Torna os documentos mais fáceis de serem organizados e facilita a visualização. Dessa forma, contribui para detectar e evitar possíveis erros.

Algumas seguradoras necessitam do arquivo XML para realizar a averbação de transporte da carga. Para isso, o Controle de Transportadoras possibilita duas alternativas:

  • a primeira é configurar o sistema para fazer o envio automático do XML por e-mail, a cada CT-e emitido;
  • a segunda é fazer a exportação em lote de todos os CT-es emitidos no período escolhido, gerando um arquivo para cada ou um único arquivo compactado.

Tendo em mãos os arquivos XML, é possível importar ou enviar esses dados de forma manual no portal da seguradora para registrar a averbação. Depois, é possível copiar os dados de averbação e inserir de forma manual no MDF-e.

Envio automático via webservice: o que é?

O Controle de Transportadoras possui integração com a AT&M, Porto Seguro e com a Senig. A Porto Seguro é uma seguradora e mantém um webservice próprio para comunicação. Já a AT&M e a Senig são responsáveis por fazer a transação entre a transportadora e as diversas seguradoras existentes no mercado. A lista com as seguradoras integradas com a AT&M e com a SENIG são facilmente obtidas no site dessas empresas.

Para o envio automático via webservice, basta acessar a internet e configurar o sistema, os dados são obtidos com a própria seguradora integrada. Após os ajustes, é só selecionar os conhecimentos que deseja averbar e, com apenas um clique, os dados são enviados para a seguradora e a averbação é feita automaticamente, sem a necessidade de geração de arquivo ou envio de e-mail.

A principal vantagem desse modo de averbação é a rapidez e a facilidade para fazer o seguro da carga. É possível fazer configurações para envio automático do CT-e para averbação sem interação do usuário e criar bloqueios de uso do documento caso não ocorra o processo. É uma forma eficaz de evitar esquecimento e problemas devido a liberação de documentos sem averbar. Ao utilizar integração webservice os dados de protocolo de averbação são importados automaticamente para o MDF-e, agilizando o cumprimento dessa obrigação de preenchimento.

Averbação eletrônica: quais são os benefícios?

Existem muitos benefícios para quem gerencia o transporte. A mais óbvia, é a maior velocidade na operação, que permite à empresa liberar seus veículos para as viagens mais rapidamente, garantindo maior velocidade de entrega e mais confiabilidade com os clientes. Além disso, esse método permite ainda evitar ou identificar possíveis erros no processo de averbação da carga.

Após a liberação da carga, as empresas podem agilizar novos serviços que, do contrário, demorariam mais para serem executados. Dessa forma, a receita e os lucros aumentam.

Atualmente, os programas são atualizados e acompanham o crescimento dos negócios. A maioria das empresas, independentemente do porte, preferem utilizar os meios eletrônicos, pois assim conseguem acompanhar a concorrência e satisfazer os clientes.

Averbação do transporte: por que é tão importante?

Além de cumprir com uma obrigação legal, a averbação de carga no seguro traz mais segurança na operação. Ao iniciar a viagem, o transportador se torna responsável pelo conteúdo da carga. A possibilidade de ter de ressarcir o proprietário da mercadoria em caso de sinistro demonstra porque é tão importante fazer a averbação. Dependendo do valor da mercadoria, o prejuízo pode ser irrecuperável para a transportadora, caso ela não conte com o seguro de carga.

Há várias formas de fazer a averbação do CT-e e das mercadorias, no entanto, a mais prática e segura é via integração webservice. Ela é que apresenta configurações e alertas de segurança de documentos não averbados, é também a que está menos sujeita a erros e esquecimento por parte do operador. Outro ponto crucial é a agilidade, pois não é necessário lidar com exportações, controle de arquivos e preenchimento manual de campos.

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