(Última alteração em: 1 de Março de 2021)
Se você ainda não percebeu como a cadeia de suprimentos está cada vez mais digital e informatizada, está na hora de se atualizar. Atualmente, temas como Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data na logística conquistam um relevante espaço e ajudam a transformar a realidade das empresas.
É nesse cenário que surge a necessidade de entender como essas novas tecnologias podem fazer parte do seu negócio. Além de diferencial competitivo, os sistemas desenvolvidos para o processamento de dados são um aliado importante na conquista de resultados cada vez melhores.
Neste conteúdo, você conhecerá um pouco mais sobre essa ferramenta e entenderá como é possível obter um alto nível de controle sobre a operação de transporte. Tenha uma boa leitura!
Por que usar o Big Data na logística para otimizar processos?
A coleta de informações, bem como a sua análise, são fatores-chave para o sucesso de organizações em todos os setores. Juntamente com a ampla disponibilidade de dados gerados por empresas e seus consumidores, esse é um terreno propício para o surgimento de soluções de processamento de dados.
O Big Data é uma das tecnologias criadas para gerenciar essa fonte de insights sobre os interesses do mercado. Nesse sentido, o seu valor está na capacidade de gerar conhecimentos valiosos, a partir do banco de dados.
Até então, esse era um recurso pouco acessível e nem sempre utilizado na sua totalidade. Contudo, de forma constante, o setor de transportes está conquistando vantagens competitivas importantes. Com esses investimentos as empresas são capazes de mapear os seus processos para eliminar gargalos e desperdícios.
Além disso, o compartilhamento de informações com clientes e parceiros foi simplificada, o que favorece esse relacionamento por causa da transparência. Por fim, há inúmeros casos de sucesso relacionados ao processo de tomada de decisão, que passou a ser mais confiável e assertivo beneficiando, assim, o futuro da empresa.
O que é Big Data?
A crescente digitalização do mercado é responsável por uma mudança estrutural na forma como as empresas gerenciam a sua operação. Como resultado, surgiu a necessidade de adotar sistemas inovadores, capazes de coletar, processar e armazenar grandes quantidades de dados.
Como o próprio nome sugere, o termo Big Data refere-se aos conjuntos de dados de grandes proporções, que requerem maior capacidade de processamento. Em outras palavras, essa é uma técnica avançada desenvolvida para analisar cenários complexos.
Uma das suas principais características é a capacidade de coletar e processar grandes volumes de dados produzidos pela prestação de serviços logísticos. Essa ferramenta surge como uma expansão dos sistemas tradicionais que, até então, não estavam à altura desse desafio.
Os resultados apurados podem ser utilizados para reformular processos ou rever estratégias com base em informações concretas. Com isso, é possível traçar um paralelo entre análises feitas com planilhas eletrônicas ou sistemas simplificados e avaliações que utilizem uma amostra mais ampla.
Em resumo, entre as novas tecnologias aliadas ao transporte de cargas, o Big Data destaca-se como uma possibilidade para que o gestor possa tomar decisões informadas. Dessa forma, é possível impactar os resultados em curto e longo prazo.
Quais são os atributos do Big Data?
Não podemos abordar esse assunto sem antes explicar quais são os 5 Vs, ou seja, os 5 atributos que definem o funcionamento dessa ferramenta. São eles:
- volume: é a origem do conceito de Big Data, por conta do enorme volume de dados gerados diariamente durante o funcionamento das empresas. Além do seu processamento, também é importante adotar o armazenamento das informações de forma segura e confiável;
- velocidade: reflete a capacidade de analisar as informações com agilidade, para possibilitar a tomada de decisão de forma atualizada;
- variedade: a coleta de dados pode ter diferentes fontes, como o histórico de pedidos ou o engajamento dos clientes nas páginas em redes sociais. Portanto, a ferramenta escolhida deve ser capaz de realizar o seu processamento em esferas diversas, de acordo com o modelo de negócio;
- veracidade: o quarto atributo tem relação à qualidade dos dados obtidos. Isso quer dizer que é importante garantir que todo o volume gerado esteja presente, bem como a sua precisão. Para isso, é recomendado considerar que a quantidade de informações disponíveis pode variar de acordo com o comportamento dos clientes, sazonalidade e eventos isolados;
- valor: elemento que está ligado à função da análise de dados dentro da organização. Por isso, o gestor deve refletir sobre a relevância das informações e a sua aplicação no desenvolvimento de serviços logísticos mais completos. Nesse caso, é observado que uma grande quantidade de dados não tem real utilidade quando não gera resultados positivos.
Como funciona a extração de dados?
A utilização do Big Data na logística requer que a empresa decida como vai funcionar a extração dos dados. Para que isso seja possível, existem duas alternativas: dados estruturados e não estruturados.
Os sistemas atuais são parametrizados para lidar com ambos, mas é importante distinguir qual é fonte de dados que será utilizada. A opção mais comum é utilizar o sistema de gestão atual para consultar informações sobre a movimentação de estoque, tempo de expedição e planejamento da entrega.
Sobre a distribuição de mercadorias, o sistema de gerenciamento de frotas serve como base, pois mantém registros sobre:
Juntamente com as informações disponibilizadas por fornecedores e parceiros, é possível criar um retrato completo sobre todas as etapas da operação.
Quais os benefícios para a logística?
Mais do que processar dados, o Big Data é uma solução para gerar conhecimento e, no âmbito estratégico, inteligência sobre o negócio e o mercado. Essa prática está presente em diversos setores e na logística ajuda a conhecer melhor os consumidores e antecipar tendências.
Além da influência na conquista de resultados significativos, essa ferramenta oferece diversos outros benefícios que serão discutidos nos tópicos seguintes.
Por que uma transportadora deve investir em Big Data?
Como o futuro tecnológico está cada vez mais próximo, as empresas serão usuárias de tecnologias inovadoras e, dessa forma, vão conquistar o destaque no mercado que tanto desejam. A adoção do Big Data na logística é apenas mais um exemplo de como esse desenvolvimento é responsável pela competitividade e pelo crescimento das empresas. A seguir, destacamos mais vantagens do uso dessa ferramenta na logística.
Possibilita a redução de custos
Tornar a empresa mais eficiente sem aumentar os custos é um exemplo claro da prática de fazer mais com menos. Afinal, o elemento financeiro sempre será uma preocupação para que a empresa possa permanecer competitiva no mercado e, ao mesmo tempo, manter a sua estrutura.
Quando o gestor tem maior visibilidade sobre o processo, é possível identificar oportunidades de economia que ajudam a reduzir custos. Como resultado, a atividade logística torna-se mais enxuta e organizada, com base no conhecimento produzido pelo sistema de Big Data.
Aperfeiçoa a experiência do consumidor
A satisfação de quem contrata os serviços da sua transportadora deve estar no topo da sua lista de prioridades. Por isso, é fundamental adotar técnicas que ajudam a entender e satisfazer às necessidades dos clientes.
Esses cuidados representam diferenciais quando o assunto é fidelização a marca e, eventualmente, a captação de novo público. Lembre-se de que clientes que estão satisfeitos e recomendam os seus serviços são a estratégia de marketing mais eficaz.
Integra a cadeia de suprimentos
Embora o fluxo de abastecimento dependa da ação de todos os elos da cadeia, o seu acompanhamento ainda era precário. O Big Data muda essa situação ao buscar entender o seu funcionamento de forma conjunta.
Em outras palavras, quem está em contato direto com o cliente, distribuidores ou varejistas, podem usar os seus dados para compor um quadro sobre o comportamento de compra. Já a transportadora pode usar as suas informações para ajudar no planejamento da distribuição.
Assim, quem está envolvido pode ajudar a criar uma visão mais ampla e precisa sobre o fluxo de uma ponta a outra.
Aumenta a eficiência da operação
A existência de gargalos e o desperdício são os verdadeiros inimigos de uma operação de transportes bem-sucedida. Por isso, o conhecimento sobre o real desempenho do processo e da equipe ajuda a identificar quais são as melhorias necessárias.
Há casos em que as falhas e erros geram problemas no atendimento, atrasos e, nas situações mais graves, a perda financeira. Portanto, essa medida ajuda o gestor a construir uma base sólida, na qual novos métodos de trabalho podem ser desenvolvidos ou aprimorados.
Favorece a comunicação com os clientes
Todos nós deixamos pegadas no mundo digital quando postamos nas redes sociais ou interagimos com o conteúdo postado online. Os clientes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, têm hábitos semelhantes na internet. Por esse motivo, o Big Data tem sido utilizado, com elevado grau de sucesso, para mapear os comportamentos de indivíduos de interesse.
Quando aplicado à logística, é possível moldar a prestação de serviços de acordo com os desejos e demandas apurados pelo sistema. Essa é uma forma de conhecer melhor o seu público e realizar as adequações necessárias para tornar a empresa cada vez mais atrativa.
Ajuda a diversificar o atendimento
Essa é uma medida que ajuda também a diversificar os serviços com base em dados concretos e que aumentam as chances de sucesso dessas iniciativas. Esse é o caso das transportadoras que expandem a sua operação para incluir:
Qual a relação do Big Data com a segurança da informação?
Conforme o Big Data tornou-se mais relevante no meio corporativo, surgiram diversos questionamentos quanto à possibilidade de invasão de privacidade. Além do potencial para o vazamento de dados pessoais, existe a preocupação com a aplicação dos dados coletados.
No caso da relação entre transportadoras e seus clientes, é visível que não é possível abrir mão do compartilhamento de informações. Dados sobre os pedidos, valores de produtos e dados financeiros são elementos que fazem parte dessa transação.
Por esse motivo, é fundamental tornar esse acesso mais seguro em todas as etapas do processo. A seguir, confira como essa tática funciona na prática.
Proteção contra ciberataques
Recentemente, entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que criou inúmeros critérios para que as organizações possam coletar, arquivar e utilizar informações de seus usuários.
Com isso, bancos, escolas e indústrias devem contar com um aparato tecnológico que possibilite a sua gestão. Nesse sentido, houve um avanço importante na mensuração dos riscos relacionados à utilização de bancos de dados.
A legislação está mais rígida quanto à finalidade dos dados obtidos, bem como a sua proteção contra ciberataques. Com o aumento dos casos de vazamento de dados, surge a necessidade de criar medidas de proteção das informações e evitar o prejuízo financeiro.
Por isso, além da implantação de uma ferramenta de Big Data, o planejamento deve incluir mecanismos de segurança da informação. Especialistas na área defendem que o Big Data é essencial, pois:
- está de acordo com a regulamentação;
- permite criar planos de ação em caso de ciberataques;
- segmenta quem pode consultar os dados, evitando acessos indevidos;
- utiliza o Machine Learning para analisar vários cenários ao mesmo tempo;
- ajuda a identificar ameaças em potencial e cria alertas sempre que o risco é identificado.
Dessa maneira, existem formas de diminuir o risco de ser vítima da ação de hackers que visam ganho financeiro e, como resultado, causam um dano significativo à imagem da empresa.
Boas práticas para implementar o Big Data na logística
A regra mais importante antes da aquisição de qualquer sistema é avaliar qual é a real necessidade do negócio. Muitas vezes, as ferramentas mais sofisticadas parecem atrativas, porém não são compatíveis com a realidade de transportadoras de pequeno porte, por exemplo. Por esse motivo, primeiramente é essencial estimar o volume de dados a ser analisado, bem como o ritmo de coleta, a fim de identificar a melhor opção.
Em segundo lugar, é preciso pensar na criação de uma cultura orientada à análise de dados ou data driven. Portanto, não basta introduzir uma nova tecnologia, é necessário começar um movimento que visa mudar a forma como a equipe interage com essa nova ferramenta.
Em muitos casos, a criação de uma estratégia de Big Data não começa pela escolha do sistema, mas pela elaboração de um plano de ação. Prazos da execução de cada etapa, elaboração de contingências e a definição do pessoal responsável ajudam a dar início ao processo.
Para isso, basta determinar qual é a expectativa de funcionamento do software ao final da implantação. Com essas informações, é possível traçar quem são os usuários-chave, quando atualizações são necessárias e quais são os diferentes níveis de acesso.
Há casos em que é possível se espelhar no que outras empresas do setor estão fazendo. A prática de benchmarking na logística é uma excelente fonte de inspiração para quem deseja investir nesse tipo de software.
Benchmarking significa ponto de referência, ou seja, consiste em uma pesquisa entre empresas do mesmo setor com o intuito de analisar produtos, serviços e processos. Esse modelo de cooperação propicia a troca de experiências e favorece o crescimento de ambas.
A importância da capacitação dos colaboradores
Outro elemento que requer grande cuidado é o treinamento dos usuários. Isso ocorre por causa do seu contato diário com a ferramenta durante o processo de adaptação. Muitos erros e problemas que não foram identificados na fase de testes acabam aparecendo.
O Big Data na logística é uma solução criada para analisar dados, portanto é recomendado levar em consideração as opiniões de quem lida com o sistema de forma rotineira. Além do investimento em tecnologia, invista também em recursos humanos.
Crie um grupo de trabalho, de preferência multidisciplinar, que entenda da realidade do negócio e conheça quais aspectos precisam de melhoria. Essa é uma forma de expandir o capital intelectual da transportadora e executar o planejamento sem maiores percalços.
Além do envolvimento com a estratégia da empresa, a capacitação da equipe ajuda a formar profissionais cada vez mais alinhados à cultura da empresa. Isso gera um senso de valorização e reconhecimento que ajuda a reter talentos e fortalecer o relacionamento entre gestores e colaboradores.
Por fim, uma das formas de fazer isso é apresentar o papel dos colaboradores no sucesso do processo de implantação, bem como a influência no seu cotidiano. Dessa forma, é possível conquistar o equilíbrio entre o lado humano e o técnico da organização.
Big Data e a transformação tecnológica
O Big Data é uma tecnologia que está revolucionando diversos campos de atuação, e com a logística não poderia ser diferente. A operação de transportes é bastante dinâmica e complexa, o que depende de inúmeros cuidados para garantir o bom andamento das atividades.
Nesse sentido, essa evolução afeta não somente a transportadora, mas também os seus clientes e parceiros. Com isso, toda a cadeia de suprimentos é beneficiada com a substituição de sistemas tracionais pelo Big Data.
Como resultado desse investimento, a empresa aumenta a sua capacidade de entrega, principalmente na etapa last mile, que é geralmente ineficiente e cara. Essa opção também ajuda a organizar as entregas com base na proximidade com centros de distribuição, reduzindo, assim, o prazo de entrega. Essa prática é essencial para aumentar a confiabilidade e a eficiência da operação.
O Big Data proporciona processos mais inteligentes?
Estamos vivendo em uma era de transformação digital, na qual a cada dia são desenvolvidas aplicações que são disruptivas nas suas respectivas industrias, ou seja, provocam uma ruptura com padrões já disponíveis no mercado. Essa nova fase é responsável pela criação de inovações que afetam todas as esferas do negócio.
Por esse motivo, o Big Data é apontado como uma das razões para a otimização da operação logística. Isso é possível por conta da criação de processos mais inteligentes e eficazes.
Mas como isso funciona na prática? Ao analisar as empresas que utilizam esse recurso, diversas mudanças são percebidas, começando pela integração entre transportadores e clientes. Dessa forma, é criado um canal de comunicação que permite o compartilhamento de informações relevantes.
Essa tecnologia também tem impacto na gestão de estoques, com o intuito de otimizar o armazenamento, planejar o abastecimento e reduzir custos. Nos últimos anos, as empresas estão tornando-se conscientes do papel estratégico desses sistemas.
Assim, esse investimento passou a ser visto como uma forma de conquistar espaço no mercado. Esse é o verdadeiro potencial do Big Data, que resulta na otimização de toda a cadeia de suprimentos.
Como ele contribui para tomada de decisão?
A tomada de decisões, no âmbito de uma transportadora, pode impactar tanto a operação cotidiana como a formulação de estratégias. Por esse motivo, a utilização de ferramentas de Big Data representa um avanço tão importante para o setor logístico.
Esse sistema pode ser aplicado na apuração de resultados e na identificação de tendências, o que permite que a empresa tenha confiança nas suas escolhas. Isso contribui para a redução dos riscos relacionados às finanças, à operação e ao atendimento ao cliente.
Com o Big Data, a gestão de um negócio torna-se muito mais clara e simples. Com isso, o gestor pode agir de forma objetiva e considerar diversos cenários antes de tomar uma decisão.
O investimento nessa tecnologia também faz sentido sob o ponto de vista do mercado, que é beneficiado pela constante evolução das organizações.
Qual a solução ideal para minha empresa?
Quando avaliamos atentamente a presença de novas tecnologias, percebemos que o seu objetivo é otimizar a qualidade dos serviços prestados. Em plena era da Logística 4.0, não é possível abrir mão das vantagens trazidas por soluções de informatização e automação de atividades.
A escolha do sistema apropriado depende de diversos fatores, desde o orçamento disponível para investir até a demanda de processamento de dados. Às vezes, a variedade e o volume justificam a aquisição de um sistema mais robusto. Por outro lado, as empresas de pequeno porte podem ter as suas necessidades atendidas com qualidade por versões mais simples e acessíveis.
O grande desafio dessa estratégia é entender como essas tecnologias podem favorecer o seu negócio e a realidade dos seus clientes. Em outras palavras, começar a implantação de um sistema sem o devido planejamento é um erro que pode impedir que a transportadora obtenha o retorno desejado.
Por isso, avalie todos os aspectos do Big Data na logística e identifique como essa ferramenta pode ajudar a entender o comportamento dos clientes, superar a concorrência e auxiliar na tomada de decisão.
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