(Última alteração em: 26 de Janeiro de 2021)
O preço do diesel é um dos custos que mais impacta os negócios das transportadoras nacionais. Além de a Petrobras fazer a precificação baseada na paridade internacional (ou seja, considerando alguns fatores, especialmente o câmbio, que não está favorável ao Brasil), a tributação é elevada. Assim, fazer o controle de combustível de forma adequada é um fator de competitividade.
Apenas para se ter ideia da quantidade de impostos do diesel, de acordo com cálculos da própria Petrobras, 23% correspondem a impostos (ICMS, PIS/COFINS e Cide), 16% são referentes ao biodiesel, fora a margem de distribuidores e de postos de revenda, além do próprio custo de realização da empresa, que chega a 46% do valor.
Esse custo (fora o Arla-32, para os veículos mais modernos) causa um grande impacto na frota. No entanto, procurar um combustível mais barato não é uma opção, visto que existem inúmeras irregularidades no setor. Estatísticas mostram que o custo do diesel corresponde a até 60% do valor do frete.
Assim, a solução é entender de que maneira fazer um controle de combustível eficaz, evitando desperdícios. Quer descobrir como? Então, acompanhe as dicas de nosso post!
Descubra a importância de fazer o controle de combustível
Para um gestor de frotas, o combustível e os custos operacionais e de manutenção são verdadeiros pontos críticos, que precisam de atenção redobrada. Como mencionamos, procurar o melhor preço entre os fornecedores do mercado não é uma opção segura, em função da quantidade de irregularidades existentes.
No caso do diesel, a principal não conformidade detectada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em suas ações de fiscalização, diz respeito a erros na mistura com o biodiesel. Porém, de forma geral, a quantidade de irregularidades aumentou durante a pandemia, incluindo sonegação, mistura com outros produtos e venda de combustíveis roubados.
No entanto, com a constante flutuação de preços do insumo e as incertezas da economia, que impactam diretamente no número de viagens ou de veículos parados, o controle cuidadoso faz toda a diferença para manter o fluxo de caixa da empresa e os seus resultados financeiros.
Ao fazer um controle adequado do consumo de combustíveis, o gestor consegue, por exemplo, observar o desempenho de cada veículo em determinadas rotas e prever de forma correta o custo por quilômetro, o que simplifica maior rentabilidade e facilidade de envio de orçamentos e também maior produtividade.
Confira algumas maneiras para economizar no consumo de combustível
Existem algumas estratégias que permitem efetuar um controle mais eficiente do consumo de combustíveis da frota. Confira!
Manutenção em dia
Ao fazer a manutenção preventiva e preditiva em dia, é possível detectar eventuais falhas mecânicas e desgastes que poderiam levar o veículo a consumir mais combustível.
Por isso, tenha atenção aos prazos de manutenção e verifique todos os detalhes relativos ao veículo, das condições dos pneus até possíveis danos nas peças do motor ou sistema de frenagem.
Vale destacar que a calibragem adequada dos pneus é essencial, pois se houver pouca pressão, o veículo apresenta maior resistência ao rolamento, o que força o motor a consumir mais combustível. O correto alinhamento das rodas também faz toda a diferença.
Controle do peso da carga
Você sabia que ao sobrecarregar o veículo, com a intenção de supostamente economizar com a quantidade de viagens, a tendência é de que o consumo de combustíveis aumente? Manter o controle adequado de cargas é fundamental para evitar o desperdício do insumo, além de afastar o risco de comprometimento mecânico.
Menor resistência do ar
A resistência do ar também contribui para que o consumo de combustíveis seja maior. Isso acontece em função do vento, que exerce pressão contrária ao movimento do veículo, fazendo com que o motor seja mais exigido, consequentemente utilizando mais combustível.
Para reduzir esse problema, o ideal é que sejam instalados defletores de ar superiores, laterais e traseiros no caminhão, além de calotas para as rodas dianteiras e traseiras. Outra dica para diminuir a resistência do ar é que os veículos rodem sempre com os vidros fechados — porém, se para isso for necessário ligar o ar-condicionado, não existe tanta vantagem.
Velocidade constante
Quando o motorista consegue manter a velocidade equilibrada ao longo do trajeto (ou na maior parte dele), a demanda por combustíveis também é menor. A razão disso é que, quanto menos frequentes são as alterações de marcha, menor a ocorrência de mudanças no giro do motor, preservando o consumo constante.
Vale lembrar que freadas bruscas ou aceleração excessiva (especialmente em locais de aclive) contribuem para aumentar o consumo de combustíveis. Alguns modelos de caminhões, inclusive, têm uma marcação verde no tacógrafo, que mostra qual a rotação ideal para o veículo. Quando o motorista conduz dentro dessa faixa, o consumo de combustível é o ideal.
Veículos menores
Caso sua transportadora trabalhe também com cargas menores, vale a pena pensar em utilizar veículos de menor porte, que podem transportar menos mercadorias por viagem, fazendo entregas mais ágeis e consumindo menos combustíveis.
Dependendo do tipo de veículo, é possível optar, inclusive, por modelos que rodem com gás natural veicular (GNV), que é considerado bastante econômico, especialmente quando a quilometragem é elevada.
Postos confiáveis
Ao traçar as rotas dos veículos, avalie os postos de serviços presentes no trajeto. Escolher somente em função do preço é um grande erro, pois combustíveis fora de especificação podem danificar peças do motor e causar grandes despesas com manutenção, além do risco de perda de cargas perecíveis — caso o caminhão precise de reparos urgentes, durante a viagem.
Assim, avalie a qualidade do combustível e confira se o posto indicado não sofreu autuações por parte de órgãos de fiscalização, como a ANP, o Instituto Nacional de Pesos e Medidas (Ipem) ou o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Uma irregularidade comum, conhecida como fraude volumétrica, ocorre quando há um erro no medidor de volume da bomba; nesse caso, o marcador aponta uma quantidade maior de litros do que a efetivamente abastecida, fazendo com que o preço pago seja maior que o valor correspondente à quantidade de combustível que de fato entrou no tanque.
Em caso de dúvida, o motorista deve ser orientado a solicitar que o posto faça o teste volumétrico, na hora do abastecimento. Importante esclarecer que a legislação do Inmetro permite uma pequena variação no volume de combustível fornecido ao consumidor, que é de 60 ml a menos ou 100 ml a mais.
Rotas inteligentes
A definição do trajeto também faz muita diferença para a economia de combustível. A razão disso, como vimos, é que a velocidade constante é um fator importante de redução do consumo. Assim, mesmo que uma rota seja menor (com menor quantidade de quilômetros), as condições da pista fazem grande diferença.
Por exemplo, se for uma rodovia sinuosa, com aclives e declives, certamente o veículo passará por variações de velocidade. O mesmo vale para rotas em que existem trechos urbanos, com possível circulação de pedestres e restrição de velocidade. Além disso, optar por horários em que o trânsito flui de forma mais tranquila, sem congestionamentos, é uma estratégia para gastar menos.
Conheça alguns meios para melhorar o gerenciamento de combustível
Como você percebeu, existem várias estratégias que ajudam a manter sob controle o consumo de combustível de sua frota. Para gerenciar tudo isso de maneira otimizada, vale a pena investir em sistemas de gestão que permitem visualizar, de forma integrada, todas as demandas dos veículos.
Invista na capacitação de motoristas
Por meio dos controles adequados, por exemplo, é possível detectar quais veículos consomem mais combustível, em quais rotas e com quais motoristas. Em alguns casos, essa análise permite identificar problemas pontuais no trajeto (obras ou acidentes, por exemplo). Em outros, a questão pode ser a forma como o profissional conduz o caminhão. Nesse caso, vale investir em treinamento.
Existem alguns mitos que ainda circulam entre os motoristas, que não apenas não funcionam para a economia, como também colocam o veículo, seus ocupantes e a carga em risco. Um deles é a chamada “descida na banguela”, ou seja, o fato de aproveitar um declive para desengrenar o veículo, o que teoricamente contribuiria para reduzir a quantidade de combustível.
Esse mito vem do tempo em que os veículos usavam carburador. Atualmente, com a injeção eletrônica, o sistema mantém a quantidade de combustível para que o veículo permaneça em ponto morto, diferentemente de quando está engrenado, em qualquer marcha.
Outras questões relacionadas ao desempenho do motorista, que podem afetar o consumo de combustíveis, são o excesso de velocidade, que pode levar a frenagens bruscas, além de paradas em pontos fora da rota.
Avalie o uso de um cartão combustível
Ao fornecer esse cartão para o profissional, é possível reduzir custos, gerenciando de forma mais eficiente as despesas da viagem, com a possibilidade, inclusive, de limitar determinados gastos.
Por exemplo, com o uso do cartão, a transportadora pode restringir as despesas somente ao pagamento de combustíveis, não incluindo outros eventuais gastos nos postos, como compras em lojas de conveniência ou em restaurantes ao longo do trajeto.
O controle feito por meio de um cartão específico permite que o gestor acompanhe, pelo sistema, quando e onde o motorista abastece, certificando-se de que está seguindo as orientações da transportadora acerca dos pontos de parada, inclusive obedecendo à legislação trabalhista, que determina os períodos de descanso, para a própria segurança do condutor.
Observe problemas com o combustível
Uma forma de economizar, como já citamos, é escolhendo com cuidado os pontos de parada adequados em cada trajeto. Ao negociar um volume maior de combustíveis com o posto (supondo que vários caminhões de sua transportadora abasteçam no local) é possível, inclusive, conseguir preços melhores ou prazo para o pagamento, o que ajuda a manter seu fluxo de caixa.
Porém, a qualidade do combustível é tão importante quanto a negociação de preços. Vale destacar que, no Brasil, o diesel contém biodiesel, um biocombustível produzido a partir de óleos vegetais (principalmente soja), além de sebo animal.
Em função de suas características, o biodiesel pode se degradar rapidamente. O biocombustível tem alto poder higroscópico, ou seja, absorve água. Assim, em ambientes mais úmidos, isso pode levar à formação de borras e sedimentos que causam vários problemas mecânicos, como o entupimento das válvulas injetoras. Já em regiões frias, o produto tende a apresentar problemas, pela solidificação do óleo.
Por isso, além de escolher com critério os locais para abastecer, é fundamental que tanto a transportadora quanto o motorista adotem alguns cuidados. Por exemplo, se o veículo for ficar parado por algum tempo (seja para manutenção, seja por ociosidade da empresa), o combustível no tanque pode sofrer degradação.
Outro caso frequente é quando o veículo permanece muito tempo estacionado em locais com incidência direta de sol. O calor pode fazer com que parte do combustível evapore. Quando esse vapor se condensa, há risco de comprometer a qualidade do biodiesel, que absorverá a umidade.
Tenha um ponto de abastecimento interno
Grandes consumidores, como é o caso das transportadoras, têm autorização para manter um ponto de abastecimento (PA), conforme as regras estabelecidas pela ANP. Para entender a vantagem disso, é preciso saber como funciona a cadeia convencional de abastecimento.
A regra é que o diesel sai da refinaria, vai para a distribuidora (onde ocorre a adição do percentual de biodiesel) e em seguida para o posto revendedor, no qual os veículos abastecem. Cada um desses elos arcam com uma parcela de tributos e, como qualquer outro negócio, também precisam ter a sua margem de renda.
Quando a transportadora tem um PA, compra o combustível diretamente da distribuidora, o que significa que o valor acaba sendo um pouco menor, pois seus veículos não precisam passar pelo último elo da cadeia, que é o posto.
No entanto, o PA deve seguir uma série de regras de instalação e cuidados de segurança, para evitar o risco de acidentes ou vazamentos que possam contaminar o solo e as águas subterrâneas — o que levaria a contaminação para regiões maiores do que o local de instalação do PA.
Use sistemas para monitoramento e rastreamento de rotas
Além de garantirem maior segurança, emitindo alertas em caso de veículos que eventualmente saiam da rota ou façam paradas suspeitas, os sistemas de monitoramento permitem outros controles, que ajudam indiretamente na gestão do consumo de combustíveis:
- velocidade do veículo (que pode indicar a presença de congestionamento, por exemplo, o que permite alertar outros veículos para que façam alterações de trajeto);
- os melhores softwares permitem a comunicação, em tempo real, com o condutor do veículo. Com isso, fica mais fácil saber quais as razões do excesso ou redução da velocidade e orientar sobre segurança e rotas alternativas;
- os sistemas também registram o abastecimento do veículo em cada ponto de parada, o que permite avaliar a média de consumo e identificar eventuais necessidades de manutenção, bem como a performance do motorista;
- esse registro funciona como um comparativo do rendimento do combustível abastecido em cada posto, assumindo o papel de termômetro de sua qualidade (desde, claro, que considerados os demais fatores já citados).
Invista em renovação de frota
Veículos mais antigos, além de demandarem mais problemas com manutenção, tendem a consumir mais combustível. Apesar da necessidade de investimento para a renovação, uma frota mais moderna é mais segura e econômica.
As montadoras estão investindo, cada vez mais, em eficiência energética, por determinação das exigências do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que estabelece limites bastante restritos de emissões veiculares. Assim, além de mudanças nos sistemas de pós-tratamento de gases e de catalisadores, tais veículos também tendem a consumir menos combustível.
Para saber se está na hora de substituir sua frota (ou parte dela), o ideal é calcular quantos quilômetros cada veículo faz por litro, quais as despesas com manutenção preventiva e também quanto tempo permanecem parados em função de manutenções corretivas.
O cálculo de tais dados, em um determinado período, ajuda a empresa a decidir se realmente o veículo está trazendo despesas, o que mostra a necessidade de substituição. Para fazer o registro e ter uma análise correta, os softwares de gestão são essenciais.
Use o combustível indicado pelo fabricante
No Brasil, existem dois tipos de diesel, o S500 e o S10, cuja diferença é o teor de enxofre e o preço — o S10 é mais caro.
Por seu potencial menos poluente, nos postos de revenda localizados em áreas urbanas, o diesel comercializado é somente o S10 (com 10 partículas por milhão, ou ppm, de enxofre). Em outras regiões, ainda há permissão para comercialização do S500.
Então, seria uma boa ideia abastecer somente nos postos que comercializam o S500, com valor menor? Não, a resposta é negativa. Apesar de o preço desse combustível ser mais barato, ele não é indicado para todos os veículos. Caminhões fabricados depois de 2012 devem, obrigatoriamente, utilizar o S10, pois o seu motor é otimizado para isso.
O uso de S500 deve ser apenas eventual, caso realmente exista a necessidade (não houver alternativa e o veículo precisar abastecer com urgência). Como o S500 pode causar danos, sua utilização compromete a garantia do caminhão e ainda encarece os custos de manutenção.
Vale destacar, ainda, que quanto menos enxofre, menor o risco de corrosão das peças do motor. Além disso, o diesel S10 contém mais hidrogênio que a versão com 500 ppm. Assim, ele tem maior capacidade solvente, contribuindo para eliminar resíduos presentes no tanque.
Ao definir qual combustível utilizar, avalie todos esses detalhes. Veículos mais antigos podem rodar com qualquer um dos tipos de diesel, embora o S10 proporcione mais benefícios. Os novos, porém, podem apresentar problemas e, com isso, terem a perda de garantia.
Veja algumas dicas para fazer o controle de combustível
Contar com softwares específicos ajuda muito na hora de fazer o controle de combustível de sua frota. Além disso, eles contribuem para melhorar a gestão do negócio, identificar falhas, aumentar a produtividade, reduzir perdas, entre outros benefícios.
Entretanto, além da informatização do negócio, existem algumas dicas práticas que podem ser incorporadas ao negócio:
- nunca adie a manutenção preventiva do veículo. Mesmo que ele não apresente problemas aparentes, é importante verificar se existem desgastes em peças ou resíduos no tanque, que possam fazer com que o consumo de combustível aumente;
- oriente a equipe para que o abastecimento seja feito na parte da manhã. Ao longo do dia, o calor e os raios de sol incidentes nos tanques subterrâneos de armazenamento de combustíveis podem fazer com que ocorra uma dilatação volumétrica. Quanto mais frio, maior a densidade do produto (tanto gasolina quanto diesel). Portanto, é melhor encher o tanque mais cedo;
- não aguarde o tanque do veículo ficar na reserva antes de reabastecer, já que isso pode fazer com que exista mais espaço para o combustível evaporar. No caso do diesel, essa recomendação é especialmente importante, pois, como explicamos, o biodiesel pode absorver a umidade e, com isso, formar resíduos prejudiciais;
- nunca rode com excesso de carga nem com as embalagens armazenadas de forma inadequada, o que pode causar mais peso de um dos lados do veículo e, além de aumentar o risco de acidentes, também causar sobrecarga no motor.
Entenda os benefícios de controlar o combustível da frota
Não há dúvida de que o principal benefício é econômico, uma vez que ao adotar os meios de controle corretos, o desperdício é evitado. No entanto, conforme explicamos, as transportadoras têm muitas vantagens na gestão global de seu negócio.
O bom planejamento ajuda a empresa a analisar melhor os seus KPIs, ou indicadores de performance, observando variáveis que vão da adequação do comportamento dos profissionais e seu desempenho, até a antecipação de problemas de manutenção veicular.
Essa questão da manutenção é um ponto muito relevante, pois permite que a empresa compre as peças necessárias sem urgência, conseguindo, assim, melhores cotações, e o mais importante: sem o risco de interrupção brusca da viagem em função de uma pane.
Quando esse tipo de problema acontece, normalmente é uma verdadeira dor de cabeça, pois a entrega atrasa e, em alguns casos, pode até ocorrer a perda das mercadorias, o que representa um grande prejuízo para a empresa, além de causar a insatisfação dos clientes.
Como fazer todos os controles de forma eficiente?
Como você percebeu, existem muitos controles que devem ser feitos, diariamente, pelo gestor da transportadora: cuidados com o carregamento do caminhão para não exceder o limite de carga, verificação do desempenho do motorista e ações de capacitação, negociação de melhores preços com os fornecedores, atendimento de prazos, manutenção de frota, entre outros.
A melhor maneira de fazer isso é por meio de sistemas automatizados, que permitem a visão global dos detalhes do negócio, inclusive contribuindo para o melhor controle de combustível de toda a frota. Existem softwares que ajudam em todo a gestão da administradora, além da gerência comercial, emissão de documentos, rastreamento veicular, status de entrega, por exemplo.
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